Descrição
Introdução: A dor é uma experiência complexa, constituída por processos biológicos, cognitivos e emocionais. É uma das queixas que levam pacientes a procurarem tratamento fisioterapêutico, e quando não controlada, impacta diretamente o seu cotidiano. Objetivo: Avaliar as características e a severidade da dor, e a sua correlação com desempenho nas atividades gerais, humor, habilidade de caminhar, trabalho, relacionamento com outras pessoas, sono e na habilidade para apreciar a vida de pacientes atendidos em um serviço de fisioterapia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostra constituída por 72 pacientes. Para a caracterização sociodemográfica da amostra foi utilizada uma ficha de anamnese, seguida pela avaliação da dor por meio do Inventário Breve de Dor. Resultados: Houve prevalência de 100% para presença de dor nos 72 pacientes incluídos no estudo, média de idade 56,82 (±11,25) anos, 75% mulheres, 62,5% casados e 61,1% com ensino médio completo. Sobre a caracterização da dor, 68% sentiam dor em repouso e com movimento, 40,3% durante a tarde e noite, o tipo mais frequente foi em pontada (20,8%), e a região mais incidente foi a lombossacra (47,3%). O tratamento mais citado foi medicação associada a fisioterapia (63,9%) e em média até 10 sessões de fisioterapia (44,4%). Houve percepção de melhora em 51,75 (±25,50%). severidade da dor foi moderada 5,86 (± 1,96), sendo o trabalho 5,79 (±3,20), atividade geral 5,49 (±3,49) e habilidade de caminhar 4,47 (±3,79) mais influenciados. Na relação entre severidade e interferência da dor houve significância no humor (p=0,011), sono (p=0,031) e relacionamento com outras pessoas (p=0,009). Conclusão: A dor influenciou no trabalho, na atividade geral e na habilidade de caminhar, e na relação entre intensidade e severidade, no humor, sono e relacionamento com outras pessoas nos pacientes de fisioterapia.
