Descrição
What is the cause of body movement? Is it only physical? Is it pure will? In her performances, Ola Maciejewska slightly shifts the terms of these questions which particularly concern contemporary living arts. By adapting the use of a specific accessory – a large piece of fabric or drapery – strongly inspired by Loïe Fuller’s avant-garde serpentine dance, she questions the interactions between body and artifact, human and non-human. What if a non-human movement or strength could influence, work, even reinvent body’s potentialities? Thanks to drapery, Maciejewska overcomes the traditional dichotomy between the body usually associated with activity and the inert accessory, both to feel and to test the body’s limits. She suggests the essential hybridity of our body as well as the no less essential subversive function of what we bear or wear.||Ola Maciejewska est une performeuse polonaise dont le travail porte sur l’interaction entre les arts vivants et la mode, au moyen d’un accessoire dont la fonction dans ses chorégraphies est loin d’être superficielle : le drapé. S’inspirant des travaux de Loïe Füller et notamment de sa danse serpentine qu’elle repense à nouveaux frais, Ola Maciejewska accompagne sa production artistique d’une réflexion d’importance sur le rapport entre le corps et la matière textile. À travers le drapé, ce « non-humain » comme elle le nomme, c’est le corps humain et l’origine du mouvement qui sont interrogés, mettant à mal les dichotomies traditionnelles, notamment entre le corps actif comme support et le vêtement passif comme objet porté. C’est à cette fonction subversive du drapé que s’intéressera notre article en étudiant son influence sur les états du corps tels qu’ils apparaissent dans le mouvement dansé.||Ola Maciejewska é uma performer polonesa cujo trabalho trata da interação entre as artes vivas e a moda, por meio de um acessório que, em suas coreografias, exerce um papel muito longe de ser superficial: o tecido drapeado. Inspirando-se nos trabalhos de Loïe Füller (sobretudo em sua dança serpentina, que repensa de uma nova maneira), Ola Maciejewska leva em paralelo com sua produção artística uma importante reflexão sobre a relação entre o corpo e a matéria têxtil. Através do tecido – esse “não humano”, como o denomina –, é o corpo humano e a origem do movimento que são interrogados, pondo fim às dicotomias tradicionais, principalmente àquelas entre o corpo ativo, enquanto suporte, e a roupa passiva, enquanto objeto que se porta. É sobre essa função subversiva do traje que tratará nosso artigo, estudando sua influência sobre os estados do corpo tal como aparecem no movimento dançado.