Descrição
Este artigo tem como objetivo analisar o romance Benjamim (1995), de Chico Buarque, a partir da centralidade da figura de Ariela Masé , fio erótico da trama, mas também a responsável pela 1. rememoração do passado do protagonista homônimo, gatilho da culpa recalcada; 2. reparação histórica patetico-trágica do mesmo personagem. Nesse jogo, a forma desvela um arco que vai da ditadura militar (1964-1985) e modernização conservadora ate a democracia e a modernidade cristalizada sob o jugo do mercado e de organizações ilegais. Assim, sob o olhar pérfido do narrador, expõe-se a dinâmica ilusória dos setores médios e seus impasses.