Descrição
Este artigo trata da questão da tradução de indeterminações e ambiguidades (lexicais, sintáticas, semânticas) na retradução de 2012 deste autor do Ulysses de Joyce, que surge na esteira da tradução canônica de Giulio De Angelis, de 1960. Perpassando uma ampla gama de teorias da tradução e argumentando do ponto de vista privilegiado de uma estética da transformação que ocorre na tradução, o ensaio revela, por meio de uma série de exemplos textuais que enfocam casos de elipses sintáticas, múltiplas alusões e indeterminação gráfica (ausência de pontuação), através de quais estratégias a nova tradução e a de De Angelis evocam a participação criativa do leitor italiano, emulando as economias micro e macro do texto joyceano.-ABSTRACTThe present paper addresses the issue of translating (lexical, syntactic, semantic) indeterminacy and ambiguity, in the author's 2012 retranslation of Joyce's Ulysses which comes in the wake of Giulio De Angelis's canonic 1960 Italian translation. Spanning a broad range of translation theories and arguing from the vantage point of a transformational aesthetics in translation, the essay shows on a series of textual examples focusing on cases of syntactical ellipses, multiple allusion, graphic indeterminacy (lack of punctuation), by what strategies the new and De Angelis's previous translation elicit the Italian reader's creative participation, emulating the micro and macro economy of the Joycean text.Keywords: Indeterminacy; Ambiguity; Reader's response; Allusiveness; Ulysses.