Descrição
O artigo aborda a produção cinematográfica brasileira entre as décadas de 1950 e 1960 para investigar os modos como o Nordeste é tematizado. Ora espaço do arcaísmo nacional, ora representação do Brasil real com todas as suas complexidades, o Nordeste no cinema deste período reflete as forças sociais em movimento no país. Há a tentativa de uma indústria nacional cinematográfica que copia a estética hollywoodiana através das chanchadas e do Nordestern; a política assistencialista enaltecida nos cinejornais; e a revolução estético-política proposta pelo Cinema Novo, presente principalmente nos filmes de Glauber Rocha.