Descrição
Lygia Fagundes Telles é nome de grande importância no cenário literário brasileiro. Em seus romances e contos, Lygia se posiciona como uma escritoratestemunha de seu tempo, tal como uma mulher do século 20 a vivenciar e defender as lutas em prol da autonomia feminina. Atenta aos paradigmas sociopolíticos e à natureza fi ccional da arte, observamos como, por meio da construção de suas personagens e do desenvolvimento de determinadas temáticas (comportamento, casamento e traição), a autora constrói uma literatura disposta a desvelar (e transgredir) o status quo em suas múltiplas nuances, levando-nos ao questionamento da ordem vigente. Propomos, então, uma análise da representação do feminino no conto “O moço do saxofone”, da obra Antes do baile verde (1970), à luz de questões discutidas por Regina Dalcastagnè, Rachel Soihet e Mary del Priore.||Lygia Fagundes Telles is a name of major importance in the Brazilian literary scenario. In her novels and short stories Lygia takes a stance as a writer-witness of her time, as a twentieth-century woman experiencing and defending social struggles for feminine autonomy. Attentive to sociopolitical paradigms and to the fictionality of art, we observe how, by means of her characters and certain themes (behavior, marriage and betrayal), the author creates her literature intending to unveil (and transgress) the status quo in its multiple shades, leading us to question the current state of affairs. Thereby, we herein propose an analysis of the feminine representation in the short story “O moço do saxofone”, from the book Antes do baile verde (1970), in the light of issues discussed by Regina Dalcastagnè, Rachel Soihet and Mary del Priore.