Descrição
As geografias das sexualidades e de identidade de gênero não têm enfrentado diretamente o privilégio angloamericano como uma produção do conhecimento nesta área, e cada vez há mais questionamentos desse tipo. Examino aqui como o privilégio tem sido discutido através das normatividades hetero/homo, antes de explorar as disputas do Norte Global e o incremento das provocações à um pensamento queer, que seja consciente de suas especificidades contextuais. Se realiza aqui um questionamento crítico das geometrias de poder angloamericano, que cria geografias das sexualidades e de gênero, sem reproduzir de forma reducionista os binários da marginalização / privilégios. Com este objetivo se apresenta uma discussão pessoal da posição de poder da autora como acadêmica branca, lésbica, que trabalha na Inglaterra. Considerando as advertências de não reiterar as hierarquias na relação entre Norte/Sul globais, este artigo também examina os complexos fluxos das geometrias de poder, particulamente relativo ao fato de que nem todos os acadêmicos anglófonos gozam de privilégio institucional, ou de qualquer outro tipo.Concluo afirmando que isso requer uma transformação sistemática e um comprometimentocoletivo com as geometrias do poder que definem o conhecimento acadêmico nesta área.
