Descrição
A luz como encruzilhada do corpo tem sido um aspecto fundamental de encenações contemporâneas que buscam visualidades dissidentes. Quais os traços de expressão visual de corporalidades diaspóricas? Como desmontar poeticamente um corpo caracterizado por processos performativos étnico-raciais e de gênero hegemônicos? Este artigo pretende discutir o papel da iluminação cênica na construção de visualidades diaspóricas a partir de suas dimensões políticas e estéticas. Pretende-se verificar o potencial da luz cênica em apurar efeitos visuais de corporalidades em suas incidências indisciplinares. Trataremos, então, de três aspectos da iluminação cênica como encruzilhada do corpo: sincretismo, abstrusidade e contágio. Almejamos, assim, refletir sobre os vetores sensíveis da luz cênica na expressão visual de corporalidades diaspóricas no quadro da produção teatral, de dança, cinematográfica e performativa.Palavras-chave: iluminação cênica, poéticas do corpo, visualidades diaspóricas.