Descrição
Este estudo teórico-poético é o efeito dos ecos de um trilhar genealógico, em que um corpo, entre devaneios e encontros, tensiona os limites de sua corporeidade e das escrituras de sexo e de gênero. Nesta busca com coragem infante, percebemos como operadores biopolíticos produzem uma vontade de verdade que nos veste, fazendo-nos estranhar com tanta animosidade a nossa nudez, nosso corpo. Não obstante, por meio de um caminho genealógico, este estudo se lançou a partir da concepção de como a arquitetura do corpo é política e como ele é um lócus privilegiado de discursos sob a tentativa de molda-lo/modifica-lo, perceber a emergência no Brasil de homens usando saias, questionando e tensionando por meio dessa performance corporal os discursos sobre masculinidade, como da mesma maneira, o dispositivo da moda, esse conjunto heterogêneo que envolve diversos elementos de práticas disciplinares e de controle sobre a população produzindo regras, padrões e regulações sobre o vestir e o se comportar conforme a norma. Tais produções corporais movimentam certa moda-militância, funcionando seus corpos como imagens pedagógicas articulando uma reivindicação política mais ampla.