Descrição
Este artigo faz uma análise da Arte em Rede a partir do modelo da pilha de grãos de areia proposto pelo físico Per Bak (1996) para discutir sistemas dinâmicos complexos, condição que assumimos para os projetos e espetáculos em telemática desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpoaudiovisual, uma vez que esses processos contam com grande variabilidade do meio e dos seus elementos. Nesse sistema, a criticalidade auto-organizada faz parte do processo que permanece em constante desequilíbrio, atingindo apenas o que pode ser compreendido como equilíbrio pontuado. As proposições artísticas, tecnológicas e estéticas da investigação sobre o corpo tele-sonoro são consideradas contingências que contribuem para a complexidade impactando no estágio crítico e no surgimento de emergências desse sistema. Para essa análise, serão discutidas as obras realizadas pelos projetos Laboratorium MAPAD2 (2011) e Embodied in Varios Darmstadt 58 (2013/2014). O intuito éconfirmar o aspecto da rede que, assim como no modelo da pilha de grãos de areia, não pode ser considerada de forma reducionista, ou seja, pelas partes. Para a efetiva atuação da Arte em Rede épreciso compreendê-la na trama instável dos seus nós, num processo dinâmico global, e lançar-se na imprevisibilidade de um sistema com criticalidade auto-organizada para que a experiência e ato artístico possam ocorrer.
