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creating the senses of the earth: the natural breath of the community of inquiry||criar os sentidos da terra: o respiro natural da comunidade de investigação||creare i sensi della terra: il respiro naturale della comunità di indagine
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Metadados
Descrição
A terra é a imagem arquetípica da origem da humanidade, mas ao longo da história da cultura ocidental deu lugar a outras alegorias mais celestiais. A Iluminação como paradigma do conhecimento se consolidou no pensamento filosófico ocidental de forma bastante convincente como produção de sentidos. Por meio dessa releitura da primeira metafísica grega, o pensamento foi se distanciando gradativamente de sua materialidade, de sua humanidade, da possibilidade de admirar o mundo concreto, aproximando-se cada vez mais da necessidade de criar objetos abstratos, que, como limites éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, acabamos reencontrando em nossas vidas. A visibilidade parece ser a base de um habitus mental ocidental: reconhecimento, oficialidade, legitimidade e certeza tornam-se sinais visíveis com os quais comparar e validar as próprias experiências. A terra, como elemento menos transparente, com maior capacidade de ocultar, ocultar, criptografar, representa entretanto uma imagem mais adequada ao plano de discussão que se propõe neste texto. A relação com a realidade, em termos de visibilidade e invisibilidade, exige uma nova percepção do mundo: a estrutura subjacente já não assume um nível transcendente, mas é entendida como um plano de imanência, em que o sentido é interior, produzido por composições; um amálgama de redes que se entrelaçam em um plano subterrâneo imperceptível, invisível. O que propomos aqui não é uma perspectiva vertical, mas horizontal como o solo. É a partir desse pensamento terreno que queremos refletir sobre o que acontece na filosofia e na infância; na filosofia com a infância e na infância da filosofia. Na presente tentativa de uma ecofilosofia da educação, o plano de discussão exige um afastamento das imagens norteadoras com as quais aprendemos a orientar a pesquisa. A intenção da seguinte investigação é procurar outro tipo de mapa: uma espécie de cartografia subterrânea, que presta atenção não ao que nos é dado ver, que tem nomes e categorias bem definidas, mas ao que está oculto e habita um plano terreno, lamacento, indistinguível e absolutamente vivo. De acordo com o modelo lipmaniano de Filosofia para Crianças, serão examinados os processos subterrâneos e rizomáticos da comunidade de pesquisa, comparando-os a outros movimentos coletivos que caracterizam as comunidades vegetais das plantas que habitam o mundo natural. Por fim, serão ilustrados três conceitos considerados relevantes para escapar dos limites encontrados em algumas posturas pedagógicas contemporâneas, sugerindo outros caminhos na relação entre filosofia, infância e educação: reciprocidade, passividade e invisibilidade.||La terra è l'immagine archetipica dell'origine dell'umanità, ma nel corso della storia della cultura occidentale ha lasciato spazio ad altre allegorie più celesti. L’illuminazione come paradigma della conoscenza si è consolidata nel pensiero filosofico occidentale in modo molto convincente, per la produzione di significati. Attraverso questa rilettura della prima metafisica greca, il pensiero si è allontanato gradualmente dalla sua materialità, dalla sua umanità, dalla possibilità di ammirare il mondo concreto, avvicinandosi sempre più alla necessità di creare oggetti astratti, che, come limiti etici, politici, estetici ed epistemologici, ritroviamo nelle nostre vite. La visibilità sembra essere alla base di un habitus mentale occidentale: il riconoscimento, l'ufficialità, la legittimità o la certezza sono segni visibili con cui confrontare e convalidare le proprie esperienze. La terra, in quanto elemento meno trasparente, con maggiore capacità di nascondere, nascondere, crittografare, rappresenta però un'immagine che meglio si adatta al piano di discussione proposto in questo testo. Il rapporto con la realtà, in termini di visibilità e invisibilità, richiede una nuova percezione del mondo: la struttura che lo sottende non assume più un livello trascendente, ma viene intesa come un piano di immanenza, in cui il significato è interiore, prodotto da composizioni; un amalgama di reti che si intrecciano in un impercettibile, invisibile, piano sotterraneo. Questa che qui si propone non è una prospettiva verticale, ma orizzontale come il suolo. È a partire da questo pensiero terreno che si vuole riflettere su ciò che accade all'interno della filosofia e nell'infanzia; nella filosofia con l'infanzia e nell'infanzia della filosofia. Nel presente tentativo di eco-sofia dell'educazione, il piano di discussione richiede di allontanarsi dalle immagini guida con le quali solitamente si impara a direzionare la ricerca. L’intento della seguente indagine è cercare un altro tipo di mappa: una sorta di cartografia sotterranea, che presta attenzione non a ciò che ci è dato di vedere, che ha nomi e categorie ben definite, ma a ciò che è nascosto e risiede su di un piano terreno, fangoso, indistinguibile e assolutamente vivo. Si prenderanno in esame, secondo il modello lipmaniano della Philosophy for Children, i processi sotterranei e rizomatici della comunità d’indagine, comparandoli ad altri movimenti collettivi che caratterizzano le comunità vegetali delle piante che abitano il mondo naturale. Infine verranno illustrati tre concetti che si ritengono rilevanti per sfuggire ai limiti rintracciati in alcune posture pedagogiche contemporanee, suggerendo altre strade nel rapporto tra filosofia, infanzia ed educazione: reciprocità, passività ed invisibilità.|| The earth is the archetypal image of the origin of humanity, but throughout the history of Western culture it has given way to other, more heavenly allegories. Enlightenment as a paradigm of knowledge consolidated itself in Western philosophical thought in a very convincing way as a production of meanings. Through this rereading of the first Greek metaphysics, thought gradually distanced itself from its materiality, from its humanity, from the possibility of admiring the concrete world, getting closer and closer to the need to create abstract objects, which, as ethical limits, political, aesthetic and epistemological, we end up meeting again in our lives. Visibility seems to be the basis of a Western mental habitus: recognition, officiality, legitimacy and certainty become visible signs with which we compare and validate our own experiences. The earth, as a less transparent element, with greater ability to hide, occult, encrypt represents, however, an image that is better suited to the discussion plan proposed in this text. The relationship with reality, in terms of visibility and invisibility, requires a new perception of the world: the underlying structure no longer assumes a transcendent level, but is understood as a plane of immanence, in which meaning is interior, produced by compositions; an amalgam of networks that intertwine in an imperceptible, invisible underground plane. What we propose here is not a vertical perspective, but a horizontal one like the ground. It is from this earthly thought that we want to reflect on what happens in philosophy and childhood; in philosophy with childhood and in the childhood of philosophy. In the present attempt of an ecophilosophy of education, the discussion plan requires a deviation from the guiding images with which we learn to do research. The intention of the following investigation is to look for another type of map: a kind of subterranean cartography, which pays attention not to what we can see, which has well-defined names and categories, but to what is hidden and inhabits a plane that is muddy, earthly, indistinguishable and absolutely alive. According to the Lipmanian model of Philosophy for Children, the subterranean and rhizomatic processes of the research community will be examined, comparing them to other collective movements that characterize the vegetable communities of plants that inhabit the natural world. Finally, three concepts considered relevant to escape the limits found in some contemporary pedagogical postures will be illustrated, suggesting other paths in the relationship between philosophy, childhood and education: reciprocity, passivity and invisibility.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
roversi, valentina | cavallo, alessandra | barenco mello contage, daniel
Data
28 de novembro de 2022
Formato
Identificador
https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/66131 | 10.12957/childphilo.2022.66131
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2022 Valentina Roversi, Alessandra Cavallo, Daniel Barenco Mello Contage
Fonte
childhood & philosophy; Vol. 18 (2022); 01 - 23 | childhood & philosophy; v. 18 (2022); 01 - 23 | childhood & philosophy; Vol. 18 (2022); 01 - 23 | 1984-5987
Assuntos
filosofia para crianças | natureza | reciprocidade | passividade | invisibilidade. | philosophy for children | nature | reciprocity | passivity | invisibility. | philosophy for children | nature | reciprocity | passivity | invisibility
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion