Descrição
O artigo analisa o espetáculo (auto)biográfico TIMe, de Lars Jan, diretor da Early Morning Opera (EMO), que desenvolve uma pesquisa artística multidisciplinar. Entre documentos, fotografias e imagens digitais, o diretor constrói uma dramaturgia que busca resgatar a vida do próprio pai, um agente da Guerra Fria, cuja história havia permanecido na obscuridade e no sigilo. Ao questionar o modo como a memória pode ser acessada e investigada por uma geração de artistas que cresceu teclando em uma máquina de escrever e sobreviveu a todas as mudanças da passagem do mundo analógico ao digital, Jan reúne passado, presente e futuro, partindo do arquivo paterno, propiciando ao espectador um novo modo de percepção aliando memória à tecnologia.