Descrição
Este artigo procura explicar as razões do colapso na gestão do sistema de planejamento regional no Brasil, debruçando-se sobre a extinção da Sudene no final da década de 1990, como estudo de caso. Para tanto, utiliza-se o modelo de saída, voz e lealdade de Hirschman, para destacar o funcionamento dos mecanismos promotores do slack organizacional nessa agência de governo, e sua subsequente extinção. Assim, sustenta-se o argumento de que a implementação de modelo federativo fortemente descentralizado, a partir da Constituição de 1988, produziu disfunções operacionais em uma organização dotada de estrutura decisória colegiada, deslegitimando-a, e conduzindo-a à extinção.Palavras-chave: políticas públicas, performance organizacional, dilema federativo, legitimidade organizacional.