Descrição
Este artigo propõe uma leitura do romance de estreia de Smanioto, Desesterro, publicado em 2015. A partir da ideia de que a autora instaura em sua escrita uma poética corpórea, desenvolvemos este estudo tendo em vista um diálogo entre elementos internos, constituintes do tecido narrativo, e fatores externos que, numa abordagem de percepção do texto literário como um elemento que integra uma rede de intervenções num campo expandido, contribuíram para a escrita do livro. Para tanto, utilizaremos as noções de vida precária e corpos em aliança propostas por Butler, assim como a noção de trânsfuga problematizada por Jaquet.