Descrição
O artigo adota uma abordagem dialógica entre os estudos decoloniais e os estudos históricos e estéticos teatrais. Ele expõe o que a modernidade/colonialidade produz em termos de hegemonia não apenas epistêmica, mas também estética, e constata a incapacidade do teatro pós-moderno de retirar-se da matriz colonial do poder. O estudo de caso da peça Kay pacha, do dramaturgo e militante equatoriano Juan Francisco Moreno Montenegro, permite distinguir as características de uma obra decolonial, operando um deslocamento epistêmico e estético. Por fim, a abordagem empírica destaca o caráter eurocêntrico das ferramentas de análise dramática, inaptas para tratar obras decoloniais.