Descrição
O presente artigo tem por objetivo trazer relatos de experiências sobre a atuação e o fazer cientifico de duas professoras negras, em universidades públicas brasileiras (região nordeste e sudeste). Nos valemos de um diálogo – embora não exaustivo – com autores (as) que tratam da teoria sobre auto etnografia. A partir dela, construímos uma escrita sobre nossos “tempos escola” – Joselina da Silva e Simone Euclides - como discentes e docentes, procurando trazer à luz ações, reações e contestações – estas últimas com mais ênfase - demarcadas por situações racistas e sexistas. Ressaltamos também nossas práticas educativas nos referidos cursos de atuação (Licenciatura em Educação do Campo) e as possibilidades de problematização das questões étnico raciais e de gênero dentro e fora do espaço universitário. As narrativas perpassam uma ação docente interventiva e ao mesmo tempo pragmática, desconstruindo o imaginário do não lugar e a invisibilidade de mulheres negras nos espaços públicos.