-
Dilemas do Desenvolvimento: A empresa neoliberal e a hegemonia financeira
- Voltar
Metadados
Descrição
Após o final da Segunda Guerra Mundial e durante aproximadamente 25 anos (1948-1973), o mundo capitalista ocidental, tendo os Estados Unidos à frente, viveu um período marcado por forte crescimento econômico, com baixa inflação e expansão do consumo de massas, conhecido tradicionalmente pelo nome de “fordismo”. Tal período representou um momento da história capitalista no qual um certo mecanismo de acumulação baseado na organização e no rígido controle taylorista do trabalho estava associado a aumentos salariais que garantiram o acesso da classe trabalhadora aos bens de consumo duráveis – tais como carro, casa própria, televisão, geladeira – e à expansão dos serviços públicos gratuitos – saúde, educação (Aglietta, 1997). Os ganhos de produtividade que eram alcançados nas fábricas serviam de base para os aumentos salariais dos trabalhadores e ajudaram a garantir o desenvolvimento dos serviços públicos. Um surto de bem-estar social relacionado ao compromisso fordista foi criado e o progresso econômico apareceu para as diferentes sociedades nacionais como algo quase natural. Aparentemente, o capitalismo ocidental havia superado definitivamente as crises de sobreacumulação (Aglietta & Brender, 1984). Mesmo observando que o progresso nos países capitalistas desenvolvidos nunca alcançou todos os setores assalariados e que os países periféricos viviam uma situação radicalmente diferente – não nos esqueçamos de que o Brasil e a América Latina passavam, nesse período, pela experiência das ditaduras militares apoiadas pelo governo estadunidense –, é inegável que o fordismo representou um período de crescimento econômico com relativa distribuição de riqueza social, beneficiando trabalhadores de vários países. No coração do mecanismo de acumulação que tornou isso possível encontraremos a empresa fordista. Esse tipo de empresa tinha características muito especiais. Em primeiro lugar, essa modalidade de empresa acomodava milhares de trabalhadores e gerentes e concentrava em suas gigantescas fábricas quase todas as funções necessárias ao ciclo produtivo da mercadoria: da concepção à execução, passando pelo planejamento, gestão, finanças. As funções eram bem definidas e a empresa estava dividida em grandes departamentos controlados de modo burocrático. (Continua...)
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Braga, Ruy
Data
31 de julho de 2017
Formato
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2017 Revista UFG
Fonte
Revista UFG; Vol. 9 No. 4 (2008) | Revista UFG; Vol. 9 Núm. 4 (2008) | Revista UFG; v. 9 n. 4 (2008) | 2179-2925 | 1677-9037
Assuntos
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion