Descrição
Nascida em meio a embates discursivos, o empreendimento inicial da construção da nova capital de Goiás, Goiânia (1933), mais que um mero fato, foi uma experiência de retórica. Nove anos depois, a efeméride que pretendia inaugurá-la, lançando “a capital ao mundo”, não escapa desse embate. Este presente artigo pretende tratar do Batismo Cultural de Goiânia (1942) enquanto evento real oponível a representação. Sobretudo avaliar a imagem e percepção externa presente em notícias e matérias jornalísticas de outros estados do País. Nesse sentido o artigo trama agir criticamente, demonstrando como na verdade o evento, em dimensões reais, não muito extrapolou a estrita esfera regional, e, na verdade, foi um evento apropriado pela “Marcha para o Oeste”, as forças políticas do IBGE e o modelo propagandista varguista.