Descrição
A partir dos anos de 1990 se observa tanto na Austrália como no Reino Unido o surgimento de uma nova proposta para o desenvolvimento econômico dos países, baseada em atividades que têm sua origem na criatividade, na habilidade e no talento, vislumbradas como potencialmente capazes de gerar riqueza e emprego. Esta nova perspectiva passou a ser reconhecida pela denominação de economia criativa. No Brasil, não diferentemente de outros países, a temática referente à economia criativa também despertou a atenção, porém é preciso não só entender o que está envolvido nessa nova construção simbólico-discursiva, mas também confrontá-la frente à realidade. Para tanto o objetivo deste artigo é o de apresentar a experiência de uma organização cultural sob a perspectiva empreendedora da economia criativa, cujo discurso inefável de sucesso, muitas vezes encobre as dificuldades existentes no campo cultural no Brasil.