Descrição
O objetivo deste artigo é apresentar e discutir algumas contribuições neurocientíficas ao estudo da aprendizagem da dança. Aprender uma seqüência de movimentos coreografados envolve uma série de processos cognitivos (observação, simulação, imitação e repetição) que podem ser estudados por meio do mapeamento cerebral. E o aprendizado da dança coreografada pode ser organizado em três estágios: o cognitivo per se, o associativo e o autônomo. No último estágio, o automatismo permite que o dançarino estabeleça novas associações neurais e singularize seus movimentos. Esses movimentos são afetados ou coloridos, principalmente, pelas emoções que variam a cada apresentação. Assim, o intérprete pode recriar a mesma seqüência inúmeras vezes, conferindo sempre originalidade.