Descrição
Na contemporaneidade, muitos estudiosos têm refletido acerca do ensino de Língua Portuguesa. Sabemos que o trabalho com a gramática, por exemplo, tem sido, em boa parte dos casos, descritivo-prescritivo, apegando-se ao ensino de regras e exceções, com aplicação de exercícios estruturais que visam a “contribuir” para o aprendizado do emprego “correto” das palavras em situações frasais descontextualizadas. Autores como Reinaldo (2008), Silva e Neto (2013) e Neves (1993), por exemplo, vêm mostrando como essa situação persiste depois que os alunos deixam o Ensino Fundamental. Situado no âmbito da Linguística Aplicada, este estudo objetiva analisar como os estudantes de uma turma de 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública de formação técnica concebem o estudo da gramática da língua. Nossa pesquisa é qualitativo-interpretativista, de cunho etnográfico, e, para a geração dados, contou com análises de questionários. Verificamos que ainda persiste, na prática ou no imaginário de nossas escolas de Ensino Médio, a velha ideia de que estudar gramática na sala de aula é aprender regras e exceções com listas intermináveis de frases soltas.