Descrição
Este trabalho problematiza o uso de memórias decorrentes de estado de exceção, embates sociais e a violência como prática presente na cultura política do Brasil e América Latina. Desse modo, é relevante o diálogo entre diversos campos do saber, os quais destacamos a História, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Artes e Ciência Política. Esse diálogo, no estudo sobre a cultura política e violência, torna-se um possível percurso metodológico relevante para a compreensão sobre o processo de produção social de memórias. Estas são objetos de apropriações, disputas e batalhas em torno de múltiplas interpretações e registros sobre o passado, remetendo-se a discursos e práticas políticas que ressoam na produção historiográfica e outros campos de saber nas ciências humanas no tempo presente, deslocando e ressignificando os usos políticos dessas memórias para o campo do direito e da cidadania. Pretende-se desse modo, explorar algumas possibilidades de como estas memórias podem ser utilizadas na produção narrativas historiográficas e outros saberes que tome como foco central o campo político e a luta por direitos em nossa história recente, buscando responder questões e demandas sociais na contemporaneidade do Brasil e da América Latina.