Descrição
Propomos compreender o exercício da docência no ensino superior a partir de uma abordagem que privilegia a relação entre teoria e experiência como possibilidade de entrelaçar o trabalho intelectual com comunidades de pertencimento. Buscamos entender até que ponto as experiências, ainda que singularizadas pela individualidade, são questões sociais que coordenam saberes e fazeres na educação formal. Iniciamos nossa reflexão com uma discussão acerca do direito à diferença como o reconhecimento das posições diversas que os sujeitos ocupam na produção do conhecimento e sua importância para pensar o trabalho de intelectuais negras na universidade. Em seguida, refletimos sobre o trabalho com a diversidade sob a perspectiva das ideias de competência pedagógica e experiência, dispondo narrativas mobilizadoras dos temas de pesquisa e dos modos de ensinar das autoras. Por fim, tecemos considerações sobre a experiência formativa como evento no qual mudança social e política radical se entrelaçam.