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Expor a arte da performance: um laboratório historiográfico? A hipermídia, a heterotopia, o repertório e a paralaxe
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Metadados
Descrição
Quelques années après la publication d’une première histoire « générale » de l’art de la performance en 1988, Performance Art: From Futurism to the Present de RoseLee Goldberg, plusieurs institutions muséales ont organisédes expositions de grande envergure consacrées aux œuvres performatives d’un passé récent ou plus lointain issues des centres hégémoniques, mais aussi locaux ou périphériques. Parce que l’art de la performance s’est développé en résistance aux histoires hégémoniquesde l’art et à ses institutions, parce que ses œuvres sont éphémères, qu’elles engagent le corps, qu’elles relèvent du « vivant » et du « direct », ces entreprises commissariales se heurtent à un certain nombre de difficultés et de paradoxes. Elles ne peuvent faire l’économie d’une réflexion d’ordre historiographiquequi interroge les catégories, les méthodes, les concepts, les lieux, les sources, les généalogies et les récits de l’histoire de l’art. Les questions qui se posent dès lors sont les suivantes : une réflexion d’ordre historiographique peut-elle être menée dans le cadre d’une exposition sur l’art de la performance? Est-ce la responsabilité des commissaires? Quel rôle les artistes peuvent-ils jouer dans cette fabrique des représentations historiques? Assiste-t-on à une reconfiguration du partage des responsabilitésentre les historiens et théoriciens de l’art, les commissaires d’exposition et les artistes? L’analyse de quatre expositions récentes permet d’identifier autant de figures expérimentales qui renouvellent, selon des stratégiessingulières, les façons d’écrire les histoires de l’art : l’hypermédia, l’hétérotopie, le répertoire et la parallaxe.||Alguns anos após a publicação de uma primeira História “Geral” da Arte da Performance em 1988, Performance Art: From Futurism to the Present de RoseLee Goldberg, várias instituições museais organizaram exposições de grande importância consagradas à s obras performativas de um passado recente ou mais remoto, provenientes dos centros hegemônicos, mas também locais ou periféricos. Isto porque a arte da performance desenvolveu-se em resistência à s histórias hegemônicas da arte e à s suas instituições, porque suas obras são efêmeras, porque elas envolvem o corpo, porque dependem do “vivo” e do “direto”, e as instituições curatoriais deparam-se com certas dificuldades e paradoxos. Elas não podem fazer a economia de uma reflexão de natureza historiográfica que questione as categorias, os métodos, os conceitos, os lugares, as fontes, as genealogias e as narrativas da história da arte. Por conseguinte, as questões levantadas são: uma reflexão de natureza historiográfica pode ser realizada no âmbito de uma exposição sobre a arte da performance? É da responsabilidade dos curadores? Que papel os artistas podem ter nesta fábrica das representações históricas? Observa-se uma reconfiguração da divisão das responsabilidades entre os historiadores e os teóricos da arte, os curadores de exposição e os artistas? A análise de quatro exposições recentes permite identificar tantas figuras experimentais que renovam de acordo com estratégias singulares, as maneiras de escrever as histórias da arte: a hipermídia, a heterotopia, o repertório e a paralaxe.
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Bénichou, Anne
Data
23 de dezembro de 2016
Formato
Identificador
https://periodicos.unb.br/index.php/museologia/article/view/17727 | 10.26512/museologia.v5i10.17727
Idioma
Direitos autorais
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Fonte
Museologia & Interdisciplinaridade; v. 5 n. 10 (2017); 74-87 | 2238-5436 | 10.26512/museologia.v5i10
Assuntos
Arte da performance | Historiografia | Exposição
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion