Descrição
O objetivo é examinar a relevância sociocultural da LiGay Nacional de Futebol Society do Brasil e os desafios enfrentados por tal liga na realização de seu campeonato brasileiro em 2017 e na disseminação de uma proposta inclusiva de toda a população LGBT no esporte. O argumento central indica que a LiGay contribuiu para a desestabilização de concepções rigidamente construídas em torno do futebol como um espaço quase exclusivo de atuação de homens heterossexuais e motivou laços de solidariedade entre pessoas que compartilham experiências de opressão. Entretanto, a organização de seu primeiro campeonato nacional enfrentou dificuldades na atração de patrocinadores, e a maior parte dos atletas reconhece a superioridade da masculinidade hegemônica ligada a um estereótipo ideal de atleta de corpo másculo e viril e dotado de um “ethos” guerreiro, o que dificulta o estímulo ao interesse e a incorporação dos LGBTs que não se enquadram em tal perfil.