Descrição
Em novembro de 2003, o acervo arquitetônico e urbanístico art déco de Goiânia foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Esta ação coaduna-se à intenção global de integração a um rol de cidades que elegem seu patrimônio histórico e cultural como mote de mercantilização de sua imagem urbana. O dossiê do tombamento apostava no porvir e não na constatação verdadeira da ligação afetiva e identitária da população goianiense com este acervo. Ao longo do tempo, ações da gestão municipal tendem a reafirmar esta imagem, com pouca ênfase e sem resultados expressivos. A atitude consensual de determinar patrimônio arquitetônico-urbanístico do centro histórico da cidade como sua imagem esbarra na composição de múltiplos imaginários que não o reconhecem e ainda perseguem outros signos identitários.