Descrição
Harioli e outros adivinhos privados são brevemente discutidos no diálogo teológico De divinatione, tanto por Quinto, defendendo a verdade da adivinhação, como por Marco, que argumenta contra a adivinhação profética em geral. Quinto apresenta uma imagem pejorativa dos harioli, enquanto Marco rejeita a veracidade da adivinhação como um todo ao debater a teologia, e a autoridade religiosa é um ponto relevante em seu argumento. Se divergem em suas posições teológicas sobre a adivinhação, ambas as personagens convergem em atacar os indivíduos que ofereciam suas habilidades divinatórias e conselhos a quem pudesse pagá-los. Considerando o De divinatione como uma peça central da evidência da República tardia, este artigo discute alguns aspectos do contraste entre a adivinhação pública e privada, vinculando-o às questões do conhecimento e da autoridade religiosa em Cícero.