Descrição
Considerando que o discurso cômico e caracterizado pela liberdade, este trabalho visa refletir sobre os meios que Aristófanes encontrou para colocar o signo linguístico livre no agón da peça, cujos caracteres são Trigeu, o protagonista cômico, e Hiérocles, o advinho. Observamos que, ainda que o adivinho parece de forma caricatural, seu discurso mantém conotações enigmáticas, mesmo quando parecem sem sentido. A repetição do discurso de Trigeu leva à dissipação dessas conotações, ressaltando que, neste ponto, o signo linguístico está livre, mas os significantes são mantidos com várias significações, considerando que os falantes são antagonistas.