Descrição
This article problematizes the celebration of the 100 years of Sebastião Prata, wich sometimes is taken as being Grande Otelo. The aim is to evidence their peculiar nature, reflecting on approaches and detachments, as well as how that celebration dismisses the reflection. In this sense, by a memorialistic view, the year 2015 consolidates as a place of memory at which the diversity of representations, by uses and abuses, renew the past. Such fact is equivalent and reduce the experience of Prata to his art, or, to his public dimension, which spreads like it was expressive of his totality and reminds us only of his actor condition. In this way, we discuss the process that institutes ways of remember him as Grande Otelo in forgetfulness of Prata.
|| Este texto problematiza a comemoração dos 100 anos de Sebastião Prata, que por vezes é tomada como sendo a de Grande Otelo. Procura evidenciar as peculiares naturezas de ambos, refletindo sobre aproximações e distanciamentos, bem como sobre o modo como o celebrismo destitui a reflexão. Nesse sentido, o ano de 2015 se firma como um lugar de memória por uma ótica memorialística, cuja diversidade de representações, por usos e abusos, renova o passado. Tal fato é equivalente e reduz a experiência de Prata à sua arte, ou melhor, à sua dimensão pública, a qual espraia como se fosse expressiva do seu existenciário e nos faz lembrar apenas da sua condição de ator. Desta feita, discutimos o processo que institui modos de lembrá-lo como Grande Otelo em esquecimento a Prata.