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I fake it, ergo sum: the obscene as a disruptor of the conventions of the scene||I fake it, ergo sum: o obsceno enquanto perturbador das convenções da cena
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Metadados
Descrição
This essay deals with the notion of the obscene state within the performing arts. Considering the existence of a set of prerogatives that define what comprises a scene or not, the work aims to indicate how the concept of the obscene can be situated as an element that destabilises the conventions of the scene, sexuality and the body. It questions the fictional character involved in both the scenic composition and the establishment of parameters that standardise the artistic act or performance. To address this question, an analysis is made of two post-pornographic clowning performances by the collective ABA NAIA (Berlin, Germany), the use of bibliographical references from the arts and philosophy, as well as an interview with André Masseno, a Brazilian artist whose work has been taken as a reference by the collective. Throughout the essay, the obscene is brought closer to the comical and to post-pornography. By considering the use of the expression in one of the performances I fake it, ergo sum, playfully derived from the famous Cartesian expression Ego Cogito ergo sum, the fictional character of the performative norms is addressed. The conclusion is that the ABA NAIA collective indicates the fake character of conventions, using them as a power to desacralise notions of essence, the purpose of bodies and human nature.||O presente ensaio aborda a noção de estado obsceno no interior das artes da cena. Considerando a existência de um conjunto de prerrogativas que balizam o que compõe ou não uma cena, o trabalho objetiva indicar como o conceito de obsceno pode ser situado como elemento de desestabilização das convenções da cena, da sexualidade e do corpo. Questiona-se a respeito do caráter ficcional envolvido tanto na composição cênica quanto no estabelecimento de parâmetros que normatizam o ato artístico ou a performance. Para abordar tal questão, parte-se da análise de duas performances de palhaçaria pós-pornográfica do coletivo ABA NAIA (Berlim, Alemanha), do uso de referências bibliográficas das artes e da filosofia, bem como de uma entrevista com André Masseno, artista brasileiro cuja obra foi tomada como referência pelo coletivo. Ao longo do ensaio, o obsceno é aproximado do cômico e da pós-pornografia. Ao considerar o uso da expressão em uma das performances I fake it, ergo sum, jocosamente derivada da célebre expressão cartesiana Ego Cogito ergo sum, o caráter ficcional das normas cênicas é abordado. Conclui-se que o coletivo ABA NAIA indica o caráter fake de convenções, utilizando-os como potência para dessacralizar noções de essência, de finalidade dos corpos e de natureza humana.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Amarante Fischer, Kysy | Armiliato, Vinícius
Data
22 de janeiro de 2024
Formato
Identificador
https://seer.ufrgs.br/index.php/cena/article/view/135465 | 10.22456/2236-3254.135465
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2024 Kysy Amarante Fischer, Vinícius Armiliato
Fonte
Revista Cena; Vol. 42 No. 1 (2024): Dossiê Cabaré, burlesco e outros teases; 01 -14 | Revista Cena; Vol. 42 No 1 (2024): Dossiê Cabaré, burlesco e outros teases; 01 -14 | Cena; v. 42 n. 1 (2024): Dossiê Cabaré, burlesco e outros teases; 01 -14 | 2236-3254 | 1519-275X
Assuntos
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Avaliado pelos pares