Descrição
O artigo apresenta aspectos da trajetória de Ilka Schönbein, marionetista e dançarina alemã, em especial seu jogo com a marionete e a singularidade com que suas imagens, por meio de sua dança, desafiam o corpo. Para tanto, convidam-se as ideias de jogo e movimentos transgressivos da erótica de Bataille e de Didi-Huberman. Com eles e com Ilka, desenvolve-se uma trajetória na qual imagem e corpo se confundem e, nesse encontro, as imagens se abrem para as aparições do corpo em processos vitais e funestos, que abalam as representações acostumadas das figuras humanas. Conclui-se que as imagens vivas e inquietantes de Ilka Schönbein conduzem a atenção para outras realidades do corpo, abrindo espaços para as aparições da morte, do parto e da fusão dos corpos, num movimento de metamorfose para além do humano.