Descrição
Com os temas da inclusão, da diversidade e da tolerância ocupando lugar de destaque, seja no rigor do meio acadêmico ou no cotidiano e na mídia, torna-se relevante propor uma reflexão mais profunda sobre a relação dialética entre as forças do coletivo e a lógica do fortalecimento da individualidade. Ao considerarmos que a experiência da dança se dá, quase que exclusivamente, dentro de processos coletivos, como dar destaque à autonomia e à singularidade de cada indivíduo? E, ao mesmo tempo, como dar destaque à singularidade e à individualidade, sem perder de vista a inserção do indivíduo em um corpo coletivo, em sua relação com os outros? Tendo como norte a Teoria Crítica de Theodor Adorno, percorremos as projeções dos conceitos de autonomia e alteridade para meditar sobre a dança e a construção de um pensar-fazer artístico e formativo e a invenção de novas corporeidades e modos de compartilhamento de experiências, que levem a discursos outros, de não identidade e de inadequação.