Descrição
A partir da etnografia realizada no ano de 2018, o presente artigo possui como objetivo articular as interfaces entre a política do Estado e a micropolítica que é agenciada pelas travestis que são trabalhadoras do sexo no Zero. Essas interfaces se dão no relacionamento que as travestis possuem com as políticas de saúde, com a polícia e com a hierarquia interna, que impactam diretamente nas categorias nativas de agressão, violência e transfobia. Para reflexão se faz interessante as discussões oferecidas pela antropologia da saúde através de Didier Fassin, da antropologia urbana por Magnani e da das noções de política molar e molecular, oferecidas por Guattari.