Descrição
This article analyzes pictorial representations of the natural world in Blindness (1995), by José Saramago. It covers the moment when an anonymous character describes some paintings he saw in a museum just before he went blind. Some of them are pastorals, suggestive of the lives of the characters before they became blind; but there are also descriptions of paintings that mirror the desperate situation analogous to the situation of the blind people in the asylum. As far as intermedial ecocriticism is concerned, I rely mainly on Jørgen Bruhn’s article “Towards an Intermedial Ecocriticism,” and when referring to culture, nature, and animals, I count on Raymond Williams’ and Greg Garrard’s concepts. Claus Clüver and Liliane Louvel become the main voices when analyzing the intermedial references to painting in the literary text.||Este artigo analisa representações pictóricas do mundo natural em Ensaio sobre a cegueira (1995), de José Saramago. Abrange o momento em que um personagem anônimo descreve algumas pinturas que viu em um museu pouco antes de ficar cego. Algumas delas são pastorais, sugestivos da vida dos personagens antes de ficarem cegos; mas, por outro lado, há também descrições picturais que espelham a situação desesperadora análoga à situação dos cegos no manicômio. Em relação à ecocrítica intermidiática, utilizamos principalmente as considerações de Jørgen Bruhn no artigo “Towards an Intermedial Ecocriticism”, e ao nos referirmos à cultura, natureza e animais, contamos com conceitos de Raymond Williams e Greg Garrard. Claus Clüver e Liliane Louvel tornam-se as principais vozes ao analisarmos as referências intermidiáticas à pintura no texto literário.
