Descrição
O artigo realiza uma análise comparativa entre obras do pintor modernista Édouard Manet e releituras da pintora contemporânea Camila Soato. Num primeiro momento, realiza-se uma introdução ao formalismo de Clement Greenberg e a concepção histórico-social de T. J. Clark. Posteriormente, demonstra-se uma crítica feminista à historiografia da arte por meio de Griselda Pollock. A noção de espaço é tratada com relevo e aprofundada por uma análise que ultrapassa o tratamento pictórico e se assenta sobre uma abordagem contextual. O diálogo perpetrado entre o pintor e a pintora evidenciam os mecanismos de um sistema de diferenciação e hierarquização de gêneros e sexos. Por fim, a percepção de Audre Lorde apresenta possibilidades de subversão e evidencia a potência estética e política de Soato.