Descrição
A teoria e a prática psicanalítica costumam ser subjugadas e manietadas por formas de conservadorismo suscetíveis de incidir nos âmbitos ontológico, epistemológico, teórico, metodológico, clínico e político. Desta forma, não apenas se afastam dos seus fundamentos, como se tornam pouco úteis para o enfrentamento de desafios ético-políticos contemporâneos. Para prevenir esse risco, sugere-se uma dupla estratégia: a retomada rigorosa dos fundamentos da psicanálise e o recurso à etnopsicanálise, esta última entendida como uma disciplina complementar à primeira, pois pode contribuir para que a categoria de alteridade não seja reduzida a um mero conceito esvaziado da diversidade étnica e desatento à multiplicidade de agências.