Descrição
Discussions about the phenomenon of childhood medicalization have been demonstrating how human suffering and existence itself are pathologized from an early age. Thus, in this article, we aim todiscuss the phenomenon based on Master's research in Education and Psychology in Brazil (2010-2020). For this, we opted for a bibliographical research of the state of knowledge type, in the light of the Historical-Cultural Theory (THC), whose foundations are based on Historical-Dialectical Materialism. The results demonstrate thatas knowledge that remediates tensions within the school, medical interventions have repercussions on the collective imagination as being responsible for improving the child's biological and cognitive functioning, responsible for their learning and development, justifying medicalizing processes in childhood. Furthermore, the demands of capitalist society, added to the interests of the pharmaceutical industry, contribute to the inadvertent promotion of psychotropic drugs, also affecting the training of teachers, their conceptions and professional practice.||Las discusiones sobre el fenómeno de la medicalización de la infancia vienen demostrando cómo el sufrimiento humano y la propia existencia son patologizados desde edades tempranas. De esta manera, pretendemos discutir el fenómeno a partir de la investigación de Maestría en Educación y Psicología en Brasil (2010-2020). Optamos por una investigación bibliográfica del tipo estado del conocimiento, a la luz de la Teoría Histórico-Cultural (THC), cuyos fundamentos se basan en el Materialismo Histórico-Dialéctico. Los resultados demuestran que como saberes que remedian tensiones al interior de la escuela, las intervenciones médicas repercuten en el imaginario colectivo como responsable de mejorar el funcionamiento biológico y cognitivo del niño, para su aprendizaje y desarrollo, justificando procesos medicalizantes en la infancia. Además, las demandas de la sociedad capitalista sumada a los intereses de la industria farmacéutica contribuyen a la promoción involuntaria de los psicofármacos, afectando la formación de los docentes, sus concepciones y prácticas.||As discussões acerca do fenômeno da medicalização da infância demonstram como os sofrimentos humanos e a própria existência são patologizados desde a mais tenra idade. Dessa forma, objetivamos discutir sobre esse fenômeno a partir das pesquisas de mestrado em Educação e Psicologia no Brasil (2010-2020). Para isso, optamos por uma pesquisa bibliográfica do tipo estado do conhecimento, à luz da Teoria Histórico-Cultural, cujos fundamentos se assentam no Materialismo Histórico-Dialético. As categorias analíticas foram: medicalização e interseccionalidade; medicalização, exigências da sociedade capitalista e indústria farmacêutica; e medicalização e formação de professores. Os resultados indicam que as intervenções de cunho médico repercutem no imaginário coletivo como responsáveis pela melhora no funcionamento biológico e cognitivo da criança e por sua aprendizagem e desenvolvimento, justificando processos medicalizantes na infância. Ainda, as exigências da sociedade capitalista, somadas aos interesses da indústria farmacêutica, contribuem para a promoção inadvertida de psicofármacos, incidindo igualmente na formação de docentes.
