Descrição
O presente artigo pretende, por meio de uma autoetnografia realizada pela autora principal, estudar as relações de gênero na Polícia Militar da Paraíba. Para tanto, pretende-se rememorar experiências profissionais vivenciadas ao longo de catorze anos na instituição policial militar, no intuito de que elas esclareçam ou questionem a subjetivação do “eu feminino” como um mecanismo legitimador de práticas predominantemente patriarcais, no contexto do processo formador de policiais militares femininas daquela instituição. Acredita-se, desse modo, que o método autoetnográfico se mostra um instrumento antropológico que possibilita certa compreensão acerca das relações de gênero na corporação policial militar e suas transformações no cenário institucional. Apesar dos avanços, conclui-se que muito ainda há para se construir e desconstruir para um verdadeiro empoderamento feminino nesse meio organizacional.