Descrição
Na segunda metade do século XIX, certas expressões da cultura musical popular eram consideradas social e moralmente "impróprias" no Rio de Janeiro. Apesar da resistência de boa parte da crítica, o dramaturgo Artur Azevedo e o músico e poeta Catulo da Paixão Cearense foram fundamentais no processo de valorização da canção popular brasileira. Este artigo investiga alguns critérios de desqualificação estética e as tentativas de rebaixamento ético da cultura popular e assinala a relevância de Artur Azevedo e Catulo da Paixão como mediadores culturais no período em que a canção e os instrumentos populares começavam a ganhar maior reconhecimento social e também enfrentavam pesadas críticas.