Descrição
A partir de trajetória de vida e conversão de um fiel de uma denominação pentecostal do interior do Rio Grande do Norte, o artigo reflete sobre os deslocamentos biográficos associados ao fenômeno do pentecostalismo e as implicações da adesão a essa religiosidade para a subjetivação dos fiéis. Frente a parte da literatura especializada que declara a fragilidade do conceito de conversão, o autor defende a força dessa categoria para a explicação de alguns trânsitos religiosos, mesmo no presente tempo em que parecem se multiplicar os casos de adesões flexíveis e voláteis. Em um nível etnográfico centrado no indivíduo, a conversão é caracterizada como um processo lento e emocionalmente hesitante. O trabalho se encerra com algumas considerações exploratórias sobre a subjetivação pós-conversão.