Descrição
O artigo reflete sobre a significação dos acontecimentos suscitados pelos movimentos em rede que levaram milhões de pessoas às ruas no Brasil em 2013. O foco são tensões com as quais convive o jornalismo como mediador do espaço público diante de outros cenários de construção do acontecimento. E a discussão é animada por inferências de-correntes de pesquisa exploratória na redação do jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP), de 13 a 24 de junho, quando as mobilizações sociais foram mais intensas. Uma aná-lise calcada na linguagem, na tentativa de compreender as implicações do que postula-se ser uma crise sistêmica que o jornalismo atravessa com a emergência de novos sujeitos que intervêm na realidade social a partir das redes digitais. Defende-se, nesse contexto, que o momento é de revisão dialética das práticas historicamente convencionadas pelo campo. Apontar limites e possibilidades é a que este exercício pode contribuir.