Descrição
Neste artigo buscamos conectar os pensamentos de autoras do feminismo negro com objetos midiáticos, visando uma reflexão crítica a respeito das imagens as quais a mídia recorre quando pretende representar as mulheres negras em novelas, filmes e publicidades. Acionamos Collins (2019) e Bueno (2020) para articular a categoria de imagens de controle com as noções de Mãe preta, Doméstica e Mulata, de Gonzalez (1984). Assim, analisamos narrativas que propagam essas figuras no filme Que horas ela Volta?, na novela Êta Mundo Bom e na publicidade do Carnaval da Globo. Concluímos que a mídia colabora para a construção do imaginário racista na cultura, ao propagar estereótipos negativos que estigmatizam as mulheres negras em papéis subordinados e perpetuam a violência sobre esses corpos.