Descrição
A região do rio Negro no noroeste amazônico é habitada por povos indígenas multiétnicos que compartilham uma unidade sociocultural convergente no sentido de compreender as relações diárias entre clãs, pessoas e, acima de todo o território. O território e os processos de territorialidade são entendidos a partir de um conjunto de elementos associados a cosmologias, pela fisicalidades e pelas contraposiçoes do Estado. Neste contexto, a pesquisa visa compreender, a partir do ponto de vista das populações locais, as concepções que giram em torno das noções de território e processos de territorialidades por eles vivenciados. À luz da reflexão, as narrativas referentes à cobra-grande são fundamentais para compreender a construção e pertença das territorialidades locais. Como resultados, foi demonstrado uma configuração territorial rionegrina cujas bases são fundadas na trilha da cobra-grande que se opõe ao Estado que ignora outras formas de apropriação de territórios não aqueles baseados demarcação de fronteiras rígidas pautadas pautadas na cartografia ocidental.