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O APREÇO PELO DETALHE: VAN EYCK, “O CASAL ARNOLFINI” E HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
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Metadados
Descrição
Este artigo estabelece paralelos entre o painel “O casal Arnolfini” (1434) e alguns exemplos notáveis de histórias em quadrinhos (HQs) contemporâneas que compartilham com a referida obra do pintor flamengo Jan van Eyck (c. 1390 – 1441) o apreço pelo detalhe. O ponto de partida para esse estudo são as opiniões do quadrinista norte-americano Scott McCloud (1960 – ) expressas em “Desenhando quadrinhos” (2008) – obra na qual ele afirma que a adição de detalhes pode ajudar a despertar memórias, não apenas da aparência dos temas, mas também das sensações que eles causam na realidade, dando margem para que o leitor explore e se insira no mundo representado pelo artista. Com isso, “O casal Arnolfini” será analisado em um primeiro momento aqui em termos dos elementos visuais que o compõem e as possíveis significações que eles detêm junto de leituras temáticas da obra, valendo-se de referências a estudiosos como Ernst Gombrich (1909 – 2001) e Erwin Panofsky (1892 – 1968). Em seguida, tomando como certa a importância dessa estética do detalhe para o valor simbólico de “O casal Arnolfini”, transporemos essa noção para analisar graphic novels como “Asterios Polyp” (2011), de David Mazzucchelli (1960 – ), e “Tintim no país do ouro negro” (1975), de Hergé (1907 – 1983), com o intuito de demonstrar como o virtuosismo técnico aplicado ao detalhismo pode servir aos propósitos das narrativas em HQs tão bem quanto pode servir a pintura enquanto meio de expressão artística.Este artigo estabelece paralelos entre o painel “O casal Arnolfini” (1434) e alguns exemplos notáveis de histórias em quadrinhos (HQs) contemporâneas que compartilham com a referida obra do pintor flamengo Jan van Eyck (c. 1390 – 1441) o apreço pelo detalhe. O ponto de partida para esse estudo são as opiniões do quadrinista norte-americano Scott McCloud (1960 – ) expressas em “Desenhando quadrinhos” (2008) – obra na qual ele afirma que a adição de detalhes pode ajudar a despertar memórias, não apenas da aparência dos temas, mas também das sensações que eles causam na realidade, dando margem para que o leitor explore e se insira no mundo representado pelo artista. Com isso, “O casal Arnolfini” será analisado em um primeiro momento aqui em termos dos elementos visuais que o compõem e as possíveis significações que eles detêm junto de leituras temáticas da obra, valendo-se de referências a estudiosos como Ernst Gombrich (1909 – 2001) e Erwin Panofsky (1892 – 1968). Em seguida, tomando como certa a importância dessa estética do detalhe para o valor simbólico de “O casal Arnolfini”, transporemos essa noção para analisar graphic novels como “Asterios Polyp” (2011), de David Mazzucchelli (1960 – ), e “Tintim no país do ouro negro” (1975), de Hergé (1907 – 1983), com o intuito de demonstrar como o virtuosismo técnico aplicado ao detalhismo pode servir aos propósitos das narrativas em HQs tão bem quanto pode servir a pintura enquanto meio de expressão artística.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Ghiraldelli, Rafael
Data
11 de outubro de 2016
Formato
Identificador
//www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/4561
Idioma
Direitos autorais
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Fonte
Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516); v. 16 n. 2 (2016); 410-425 | 2317-5516 | 1518-6229
Assuntos
Van Eyck | pintura flamenga | detalhe | quadrinhos
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion