Descrição
No Canto XII da Odisséia, Homero nos coloca diante de um Ulisses astucioso, que, por intermediação de um artifício cuidadosamente elaborado, consegue passar ileso pelo canto das sereias. O que teria Ulisses ouvido? Quais os critérios de sua astúcia e de sua thecné. Que riscos acompanham essa audibilidade difícil, requisitada e complexa, que abre caminho para tantas perspectivas que se desenvolveram na História do Pensamento. O artigo que ora apresento é uma reflexão crítica sobre os sentidos que estão em questão quando se trata de “dar ouvido” ao canto das sereias.