Descrição
Este artigo problematiza as práticas de escrita redacionalizadas pelas demandas utilitárias do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Objetiva apresentar uma proposta de combate de uma vida-de-professora-pesquisadora à redacionalização da escrita no Ensino Médio. Para tanto, mune-se dos conceitos de “escritura” e de “biografema” do crítico literário francês Roland Barthes, bem como dos traços do de inutilezas, do poeta Manoel de Barros, a fim engendrar pela Política do Texto (COSTA, 2017) um combate às práticas de escrita redacionalizadas nessa etapa da Educação Básica. Tramado metodologicamente ao modo de cenas-biografemáticas de uma vida-de-professora-pesquisado-ra em uma sala de aula de escola pública; as cenas são parte do combate que propõe pela escritura-biografemática das inutilezas de uma língua um escape mínimo às demandas utilitárias do escrever no Ensino Médio.||This article discusses the writing practices that were transformed in composition writing [readacionalização] by the utilitarian demands of the National High School Exam (ENEM). The objective is to present a proposal of combat of a teacher-researcher’s life to the transformation of writing in High School to composition. To achieve this, it uses the concepts of “writing” and “biographeme” of the French literature critic Roland Barthes, as well as the traces of the uselessness [inutilezas] of the poet Manoel de Barros, in order to engender, by Text Policy (COSTA, 2017), a fight against the writing practices transformed into composition writing in this phase of Basic Education. Methodologically framed in the biographematical-scene mode of a researcher-teacher’s life in a public school classroom; the scenes are part of the combat proposed by biographematic writing of the uselessness [inutilezas] of a language to escape the utilitarian demands of High School writing.