Descrição
É certo que a voz, não importa quando, nem de onde ela soa, produz uma presença como efeito de subjetividade. Quando se trata de tocar o efeito de presença atrelado ao corpo do som vocal, parece insuficiente vincular essa sonoridade singular a um sujeito que canta. Neste ponto, vale trazer de volta a questão: de que maneira os traços sonoros de uma voz participam da materialidade vocacionada ao significante que, mediante certo processo discursivo, produz efeito de presença no átimo de tempo em que se escuta o sujeito cantante? Para trabalhar sobre essa questão, dentre outras, atenho-me aqui a cenas pinçadas no documentário cinebiográfico narrando a vida do cantor Cauby Peixoto. Nelas exploro a análise de um processo narrativo promovendo o encontro entre audioespectador e a presença do sujeito que se produz na e pela voz.