Descrição
Embora as tecnologias da comunicação sejam usualmente consideradas o epicentro de mudanças sociais em curso, pretende-se analisar aqui a cidade como lugar privilegiado à comunicação dos socialmente excluídos. Não se trata, contudo, de antagonizar o espaço virtual das redes sociais com o espaço público das cidades, mas de hierarquizar suas posições na reivindicação e materialização por demandas sociais. A hipótese é que os excluídos somente ganhem visibilidade nas ruas porque suas demandas não encontram ressonância nas mídias tradicionais que absorvem inclusive as redes sociais na medida em que pautam a agenda principalmente dos assuntos políticos. Reivindicar o direito à cidade requer não apenas a democratização do espaço social e midiático, mas uma epistemologia que considere um circuito dos afetos e uma nova concepção de sujeito.