Descrição
Dialogando antes de tudo com o conceito de rizoma desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix Guattari em Mil Platôs (1980), este artigo, no plano do indecidível, trabalha com a hipótese de um pensamento rizomático, em devir agreste, compondo o plano de consistência ficcional Vidas secas (1936), de Graciliano Ramos, principalmente considerando o personagem Fabiano. Contrapõe-se, assim, com parte significativa da fortuna crítica, ávida em concebê-lo como aquém do pensamento, como não pensável, não pensante, não humano. Num jogo dialógico, então, pelo entrelaçar das vozes teóricas e da voz da consciência do protagonista Fabiano, ora consoantes ora dissonantes, serão evidenciadas as miríades do pensamento do marido de sinha Vitória.PALAVRAS-CHAVE: Pensamento rizomático. Vidas Secas. Pensamento arborescente.