Descrição
Pretende-se, neste trabalho, verificar como a produção audiovisual de diversas periferias do país articula um ponto de vista político nos filmes que confecciona. Para tanto, adotaremos a análise fílmica como uma ferramenta para a composição de tal debate, cujos subsídios são fornecidos pelos documentários Improvise! (Reinaldo Cardenuto e Filmagens Periféricas, 2004), Videolência (Núcleo de Comunicação Alternativa, 2009) e Cambinda Estrela, maracatu de festa e de luta (Caracol de Arte e Comunicação, 2010). Nossa intenção é verificar como, a partir do momento em que rejeitam discursos e imagens que associam os espaços periféricos como unicamente nichos de violência e exclusão, tais filmes se lançam a demarcar um posicionamento político que se constitui a partir da experiência coletiva, reativando a noção de política de uma arena meramente conceitual para o terreno da práxis.